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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Redescobre-se (devaneios das férias de Julho de 2011)



Agora já passa das quatro, sim são quatro da manhã já pensei em tanta coisa desde as 11 da manhã quando amanheci, já se pensa nisso desde as dez, se não mais, tantos e tantos dez sabe-se la quando começou...De onde começou? Pq tem que ter um começo? Afinal quem inventou o tempo perguntou se eu queria regular a vida?E tanta coisa já viveu e tanta coisa ja passou, não há tempo mesmo eu já percebi. E quando se tem ócio cobra-se preenchê-lo.


Perdeu neste tempo doido que inventaram tanta coisa importante, limitaram as vivências, erradicaram-as em nome de um tempo que não pode ser perdido com as coisas mais simples, virou sinônimo de tempo o prolongar a vida. Insano usa-se do tempo (que alguém inventou) para deixar o poder vivenciar as coisas para mais tarde, deixou para depois pq o tempo que lhe foi imposto coloca que só vive se perder a vida para o tempo. Pra quê? Tenho tantos exemplos de tempos jamais respostos, amigos, amores, familiares, quantas vezes eu mesma sufoquei meu tempo tantas e tantas escolhas pelo tempo.


Lei da sobrevivência regule-se dentro de um tempo,trabalhe,estude, para ter uma moeda de troca, e gastar o seu resto de tempo com instantes que você sempre quis, é tem tempo gasto produzindo algo que na maioria das vezes vc não vai usar e se utilizará da moeda de troca que recebeu desta mesma produção, e dirá que está satisfeito por conseguir usar das suas 24 horas diárias umas 2 ou 3 horas, se formos generosos com nós mesmos.


Venho reparando desde a uns dias o quão deixamos de lado reliquias, o quão escolhemos o tempo, e quão essas coisas se tornam valiosas por isso.


Ver as pessoas sentadas em torno da mesa, cantando músicas infantis (devido a um bebê dentro de casa), sentar num sofá pra dividir a vida, ajudar a distribuir sobremesa, tomar vinho quente com o tio, assistir a dois filmes de comédia com os irmãos e a cunhada, SEM PENSAR NO TEMPO.


Ainda que tantas outras indagações me aflingissem, ainda que tantos outros problemas advindos deste mundo regido pelo tempo me aflingissem, eu entendi ou não precisei querer entender mais nada, me bastava olhar aqueles rostos, me bastava carregar o pedrinho, abraçar minha princesa, sentar no chão com meu primo, pedir para os pais para ficar mais um pouco, abraçar minhas tias, tomar vinho quente , dividir o garfo da minha prima, discutir o porque das crianças estarem de castigo, brincar de esconde com o neném, relembrar o que aprontavamos na infancia, ai SAUDADE, recuperei o tempo e perdi tantos outros.


Assim as coisas vão se tornando VALIOSAS.


Parar no tempo, parar o tempo? Será que é de tempo que quero falar, a tanta, mais tanta coisa que eu ganhei nesse mudar de tempo. A tanta coisa que eu olho e vejo os mesmos olhos no intervalo de tempo. Talvez sejam os instantes, estes que eu queira guardar e salvar, os de hoje me inquietavam a isso, as preciosidades que eu deixei de olhar.


Estas preciosidades hoje retornaram aos meus olhos. Nestes intantes nada importava pra mim, nem ideologia, nem opiniões contrárias, nem brigas, nem o que eu tinha que resolver fora daquela sala, nada, só me importava ELES, como fotografias e tantas lindas passaram em minha mente.


É assim,volto e me reconheço neste espaço, ainda bem que o Pedrinho vai crescer em meio a este mesmo olhar, não sei se com o mesmo olhar, não importa: "Amor não se explica".

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