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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Militância e projetos de vida





Cansada é só esta a palavra que penso ao suscitar a frustração em relação à dinâmica do cotidiano, a rotina. Frustrada com tanta hipocrisia, achismos, ideologias e posições. Que obrigação é esta que se tornou exigência para se ter relações para estabelecer relacionamentos e até mesmo se ter afinidade.
Perdeu-se neste meio o que demanda excitação. To vazia, de tanto posicionamento, anseios e faltas de ar são só o que sinto, sufoco. E quando se diz ao outro que se trabalha com a hipótese do diferente ou simplesmente que pensou em idéias diferentes pronto, é motivo para vários títulos de graduação ideológica. Logo indagam : QUE ABSURDO!!!!!!
Você vem me falar em absurdo!? Absurdo é eu ter que ter um padrão ideológico para me encaixar as relações, uma ideologia pronta sem reflexão. Ah e ai o ser humano onde é que foi parar em meio a esta guerra ideológica!?
Sinto um vazio que motiva o ócio ou o ativismo sem sentido. Cai na real a minha briga não é com o governo porque ele não assume a ideologia “ista” que eu ou qualquer outro.
Minha luta é pela dignidade humana, pela equidade entre as pessoas, pela construção coletiva e o que a maioria de nós faz agora!? Se não estamos brigando com quem não leva o mesmo ista que a gente, estamos preocupados em nos segregar entre nós mesmos.
Não me entenda mal não sou contra ao acumulo teórico nem a qualquer forma de se trazer a tona os desfechos da realidade, e não me entenda como positivista, modernista, marxista, anarquista, ou o ista que o diabo carregue..
Não quero trazer a tona o discurso que o ser humano ter que se ajustar a ordem, até porque está ordem não cumpre com suas responsabilidades em troca em relação o humano.
Ainda assim não me vem com a visão modernista de que necessidades são relativas, isto eu já sei, e sei também que isto é muito usado como argumento para a construção de um lucro vasto na mão de um único Zé Mané! Ou será que ele acha que quem é Mané aqui!?
Eu quero dizer que tenho simpatia sim pelo marxismo, mas porque ele coloca a burguesia em seu lugar, porque ele assume como prioridade uma classe trabalhadora que constrói a dinâmica social, porque ele assume um compromisso com a justiça econômica, mas ainda assim não da conta dos recortes trazidos pela historia, preconceito, por exemplo.
Não é pela total ausência de regras que eu talvez queira viver um anarquismo, nem mesmo porque não posso participar de uma hierárquica reunião de senado e sim pela construção conjunta pela verdade de que o Estado tem que ser construídos pelo povo, porque é nosso, Não tem que ter alguém falando em nosso nome, ainda mais quando esse alguém passa a falar outra língua.
Defendo a posição por vontade a posição pelo que te faz crer que a vida não faz sentido da maneira que esta, não pra todos. Pare eu não quero uma luta pela luta, perdida em um norte que ta mais pra Sul.
É as lutas que me apaixonam que me trouxeram até aqui, é as lutas pelas pessoas com as pessoas, e só ela será capaz de me mover até a morte. Chega de discursos opressores agarrados a estereótipos universitários.
Eu quero a utopia da boa vida, da terra prometida... Eu quero não acomodar com o que me incomoda independente da ideologia assumida e do discurso massivo.










Texto de 23/03/2010, desde muito frustações...

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