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domingo, 14 de abril de 2013

"el tiempo todo calma la tempestad y la calma (8) ... "


Me apaixonei inicialmente pelo som das castanholas, antes mesmo de descobrir qualquer movimento ou qualquer sensação de ver os braços se levantando, de forma leve, enquanto a passos firmes alguém se impunha no palco.
Quando vi essa imposição entendi, que longe de qualquer coisa entre dicotomias, a delicadeza e a firmeza se completavam e de forma sensual e provocativa. Em um espetáculo inteiro em que me arrisquei a assistir sozinha, percebi que sons, ritmos e movimentos nos movem antes mesmo que saibamos seu porquê.
Depois de um tempo, este tempo hoje presente, descobri que quintas-feiras podem ser místicas, se abandonadas de timidez e censura de si.
Por enquanto em pequenas doses, durante uma hora e meia, o instante é feito somente daquilo que vivo ali.
Vestir-me de saia rodada e sapatos de salto com taxinhas para o sapateado.
Fazer da disciplina que busco, a perfeição o prazer. Algo que vem de dentro pelo que bate com o ritmo da música e suaviza os ritmos de fora.
Trago toda a vida a cada movimento cada qual um sentimento, um ritmo, uma vontade.... mesmo que ainda em passos pequenos, errôneos, ansiosos.
Ergo os olhos em tom de calmaria e fúria, ainda desconcertadas, a tanto tempo confusos, mexo os pés conforme naquele dia a vida me fez mexe-los, tristes, alegres, acelerados, corridos, astutos, irritados.
Neste momento que sincronizo meu ritmo novamente, por hora reconecto comigo mesmo, reconheço as pessoas a minha volta mas ainda assim faço um movimento particular.
Os reconheço me reconheço ou melhor me conheço.
O mundo existe em cima do salto, em um tablado, ao som espanhol, ao ritmo de sevilhanas.

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